SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — O otimismo dominou o jantar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com empresários nesta quarta-feira (7) em São Paulo, onde foi discutida a política de vacinação do governo para o enfrentamento da Covid-19.
Segundo um dos empresários participantes, Bolsonaro afirmou estar fazendo o máximo possível para garantir a imunização da população. Este mesmo empresário, que pediu para não ser identificado, disse que o clima no jantar foi amistoso.
O Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira, a marca de 340 mil mortos em decorrência do coronavírus.
Além de Bolsonaro, a comitiva presidencial contou com nomes de peso como dos ministros Paulo Guedes (Economia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Marcelo Queiroga (Saúde), e Fábio Faria (Comunicação), além do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do general Augusto Heleno (chefe do Gabinete de Segurança Institucional).
Questionados por jornalistas ao final do evento, ministros afirmaram que a carta assinada por centenas de empresários e banqueiros cobrando medidas de combate à pandemia não discutida no jantar.
O jantar foi oferecido pelo empresário Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil. Do lado dos empresários, estiveram presentes nomes como Rubens Ometto, da Cosan, Claudio Lottenberg, presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), André Esteves, do BTG Pactual, Alberto Saraiva, do Habib’s, e João Camargo, do grupo Alpha.
Ainda segundo um participante, Bolsonaro foi ovacionado pelos empresários presentes. Ele falou sobre o fato do Brasil ser um dos poucos países do mundo que fabricam vacina.
Na saída do jantar, o ministro Tarcísio de Freitas também falou sobre isso. “São sete países que produzem vacinas e o Brasil é um deles. Começamos a produzir só na Fiocruz um milhão de doses por dia. Fizemos uma aposta correta que vai começar a produzir fruto e isso vai dar o ritmo de vacinação que a gente precisa”, disse.
Queiroga afirmou que a dificuldade de se obter vacinas não é só no Brasil e defendeu uma união nacional para se obter os imunizantes.
O governo tem sido alvo de críticas quanto à demora no avanço da imunização no país, no momento em que o Brasil passa pelo pior momento da pandemia de coronavírus.
Também na saída, Guedes afirmou que a economia brasileira está se reerguendo, mas ressaltou que é preciso avançar na vacinação em massa no país para sustentar o crescimento. Segundo ele, a síntese do encontro foi, de um lado, vacinação em massa e, de outro, o avanço nas reformas estruturais.
Segundo Guedes, houve um reconhecimento por parte dos empresários do trabalho que tem sido feito pelo governo. “Vamos transformar esta recuperação cíclica, baseada em consumo, em um crescimento sustentável”, destacou.
O ministro disse ainda que o governo vai trabalhar para atacar um problema no país que é a renda. Ele ressaltou que, assim que a retomada do auxílio emergencial acabar, é preciso “aterrissar” em um programa social forte e sólido.