A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Paraíba (Abrasel-PB) realiza nesta segunda-feira (15) uma manifestação contra o decreto do governador João Azevêdo que suspendeu o funcionamento presencial do setor aos fins de semana na Paraíba. Segundo o segmento, os trabalhadores e empresários estão sufocados com as restrições impostas. O ato, que será feito em carreata, acontecerá a partir das 8h:30min, no estacionamento do Paço dos Leões, no Altiplano, em João Pessoa. Segundo informações obtidas pelo ClickPB, donos de restaurantes, bares, sorveterias, cafés, redes de franquias, chefs, bartenders, garçons e demais trabalhadores do setor de gastronomia estarão participando do ato.
De acordo com a entidade, o objetivo da manifestação é chamar a atenção das autoridades e da população para o impacto das medidas na sobrevivência do setor de empresas de alimentação. Para a entidade, o segmento já toma as medidas sanitárias de combate à pandemia com o cumprimento de todos os protocolos exigidos desde o início, que garantem a segurança de clientes, colaboradores e famílias, mas segue sofrendo com decisões que limitam a produção no setor.
As manifestações seguem se intensificando em todo o país, conforme aumenta as restrições impostas pelos governos. O segmento considera que está pagando uma conta desproporcional e injusta em nome do bem coletivo, e que as restrições devem ter fiscalizações devidas, mas não impedir o funcionamento dos estabelecimentos.
Entidades como o Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa (Sehap-JP), a Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), a Abrasel Paraíba, e demais movimentos do ramo pedem que sejam revistas as medidas divulgadas no decreto estadual.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a ANR calcula que o setor acumula 84 mil perdas de postos de trabalho até o momento no país. Com as novas medidas, 77% dos restaurantes consultados em janeiro de 2021 pela Abrasel consideram possível ou provável o encerramento definitivo de suas atividades.
Segundo a Abrasel, até março de 2020, havia 1 milhão de negócios do setor (entre formais e informais), empregando diretamente 6 milhões de brasileiros. Desses, 300 mil já fecharam as portas em definitivo e mais de 1 milhão de trabalhadores foram demitidos.
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