Filiação de Moro ao Podemos agita a semana em Brasília

A votação da PEC dos Precatórios, a cerimônia de filiação do ex-juiz Sergio Moro ao Podemos e a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial são algumas das pautas que devem movimentar a agenda na Esplanada dos Ministérios nesta semana. Na última sexta-feira, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspensão da PEC dos Precatórios, após a aprovação do texto em primeiro turno pela casa, na quinta-feira. Maia corre contra o tempo para articular com o Supremo, uma vez que a votação em segundo turno da proposta está prevista já para amanhã.

Maia acusa o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de ter realizado articulação irregular ao permitir que pelo menos três deputados participassem das votações em plenário a distância. O texto foi aprovado por 312 votos a 144, e o governo precisava de 308 votos. “Ao permitir (…) a colheita de votos de deputados afastados do exercício da função legislativa, houve evidente abuso de poder por parte do presidente da Câmara dos Deputados”, diz trecho da ação movida por Maia.

Já na quarta-feira, a filiação do ex-juiz Sergio Moro ao Podemos deverá roubar a cena política na capital federal. Moro, que é cotado como pré-candidato à Presidência da República em 2022, reuniu-se, na sexta, em Brasília, com líderes de diferentes partidos que defendem a terceira via eleitoral. Além do Podemos, participaram da conversa o PSDB, o Novo, o Cidadania e o PSL.

O presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, defendeu o “diálogo aberto com todas as frentes da Terceira Via”, ou seja, com todos aqueles que se posicionarem bem contra o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro nas eleições do ano que vem. Vale destacar que Moro atuou como ministro da Justiça na gestão de Bolsonaro e condenou Lula no âmbito da Operação Lava-Jato. Mesmo sem ter sido anunciado oficialmente como pré-candidato, as pesquisas mais recentes apontam que o ex-juiz aparece com 8% das intenções de voto, posição acima dos demais nomes que brigam pelo título de “terceira via”.

Auxílio emergencial

Outro tema que é esperado para ser discutido por membros do governo nesta semana é a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial. De acordo com assessores do Planalto, uma ala do governo Bolsonaro defende a extensão do auxílio emergencial e não se importaria com uma derrota da PEC dos Precatórios, apontada pelo Executivo como solução para viabilizar o programa Auxílio Brasil, com controle do teto de gastos. Os assessores do presidente Bolsonaro justificam que, com a prorrogação do benefício emergencial, 22 milhões de pessoas beneficiadas não perderão o amparo.

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