O que Alckmin responde a quem pergunta sobre sua negociação para ser vice de Lula

Até para os (poucos) amigos próximos Geraldo Alckmin faz mistério sobre suas conversas com o PT sobre uma possível candidatura à vice na chapa presidencial de Lula. Tanto para os que perguntam sobre quais os termos da negociação como para os que pedem ao ex-governador um prazo para sua decisão, a resposta é a mesma. “Vamos esperar um pouquinho”, diz o ex-governador em seu tom de voz habitualmente pausado.

O “pouquinho” de Alckmin, que continua filiado ao PSDB, depende de quando vão acabar as prévias do partido para a escolha do candidato à presidência da República.

Isso porque, segundo seus aliados, a “meta de vida” do ex-governador hoje é ajudar a derrotar João Doria nas prévias – o que ele tem feito nos bastidores, pedindo voto para Eduardo Leite.

Enquanto não sair vencedor da disputa, Alckmin não fará nada. Só depois é que vai decidir seu futuro. Uma parte dos tucanos tem esperança de que uma eventual vitória de Leite faça Alckmin desistir de sair do PSDB.

A votação está marcada para o próximo final de semana, mas há uma pequena chance de haver segundo turno, o que pode acontecer no dia 28, caso nenhum dos candidatos consiga mais de 50% dos votos do colégio eleitoral.

Só definido o rumo do seu quase ex-partido é que Alckmin vai começar a fazer conversas mais decisivas com os emissários de Lula, entre os quais Marcio França e Fernando Haddad.

Petistas que estiveram com o ex-presidente nos últimos tempos afirmam que a chapa dos sonhos de Lula em São Paulo é Alckmin na vice, Marcio França como governador e Haddad como senador, ou vice-versa.

O que Alckmin queria mesmo era ser ele o candidato ao governo de São Paulo – plano que Dória vetou no PSDB –, mas essa pretensão também não serve a Lula, que quer um aliado à esquerda no comando do maior estado do país.

O quebra-cabeça, portanto, é complexo. Enquanto as peças não se encaixarem, é melhor mesmo para Alckmin esperar um pouquinho.

 

clickpb

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