Retomada ganha força e economia cresce 1,04% em janeiro, diz Banco Central

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — A retomada ganhou força em janeiro e a atividade econômica cresceu 1,04% no mês, segundo o indicador IBC-Br do BC (Banco Central) divulgado nesta segunda-feira (15). O índice alcançou o maior patamar desde maio de 2015.

O indicador é medido em pontos e chegou a 140,02 no período.

Em janeiro de 2020, o índice era de 138,54 pontos e foi a 140,24 em fevereiro. A partir de então, a atividade começou a cair e chegou ao menor nível em abril, com 119,93 pontos.

O número foi calculado com ajuste sazonal (que remove particularidades do período, como número de dias úteis) para facilitar a comparação com outros meses.

Após o início da pandemia, o fechamento dos comércios e o isolamento social afetaram a economia. Com a reabertura e flexibilização do distanciamento, a atividade segue em recuperação, observada desde maio.

No acumulado dos 12 meses terminados em janeiro, houve queda de 4,04%.

Em dezembro, o crescimento do setor produtivo foi de 0,64%, acima do registrado no mês anterior, de 0,59%, que foi a menor desde maio, quando a economia começou a se restabelecer depois do tombo causado pela pandemia.

Em março, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, segundo informado na época, já sob efeito do isolamento social.

Com a população em casa, o consumo diminuiu em diversos setores, como transporte e hospedagem, e a atividade econômica despencou.

O pior resultado foi registrado em abril, quando a economia caiu 9,73%, nível mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003.

Maio já trouxe resultado positivo em relação a abril, de 1,3%, mas ficou aquém das expectativas do mercado, que eram de 4,5%.

O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo.

O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.

FOLHAPRESS

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