De fato e por direito, Vini Júnior ocupa lacuna deixada por Neymar e vira protagonista na Seleção

Protagonista por direito e agora (mais do que nunca) de fato.

Vini Júnior entra em campo neste sábado, diante do Marrocos, como grande nome do Brasil para o ciclo visando a Copa do Mundo de 2026. A ausência de Neymar, e até mesmo a incógnita sobre a sequência com a camisa da Seleção, só direciona ainda mais os holofotes para aquele que há duas temporadas é o grande nome brasileiro no futebol mundial.

Os 19 gols marcados com 12 assistências em 41 jogos mantêm o atacante brasileiro como destaque de um Real Madrid que segue na briga pelo bicampeonato da Champions League e tem pela frente o Chelsea nas quartas de final. Na edição passada, já foi de Vini o gol do título diante do Liverpool, em Paris. O mais importante dos 22 marcados em 50 jogos, além de 16 assistências.

Performance incontestável que fez com que Vini conquistasse quase que na marra um lugar no time de Tite. Na Espanha desde o início do ciclo após a Copa da Rússia, o jovem demorou para cair nas graças do treinador e passou a ser valorizado apenas às vésperas do Mundial do Catar.

Nos quatro anos de preparação, Vinícius viveu realidade bem diferente da que o espera até a Copa dos Estados Unidos, México e Canadá. Foram apenas 20 partidas, sendo 11 no ano da Copa. Tite o colocou para jogar somente uma vez em 2019, não o utilizou em 2020 e deu oito oportunidades em 2021.

A condição de titular no Mundial foi conquistada já com a Seleção em Doha, e Vini deu resultado: foi (ao lado de Richarlison) o jogador que mais teve participações diretas em gols da Seleção, marcando um e dando duas assistências, além de finalizações e passes decisivos.

Sacado aos 19 minutos do segundo tempo das quartas de final contra a Croácia, viu do banco de reservas a eliminação traumática nos pênaltis no dia 9 de dezembro. Quase quatro meses depois, volta a vestir a camisa amarela com a consciência de que será um dos expoentes até 2026.

– Tem muitos jogadores experientes, Casemiro segue com a gente, Militão tem muitos jogos, Paquetá, Rodrygo, jogadores que estão comigo há muito tempo e, a cada dia, vamos nos unindo para ajudar a Seleção e colocá-la no lugar devido, que é o topo – declarou.

Ainda sem a definição de um técnico, Vini é titular absoluto do interino Ramon diante do Marrocos. Em comparação com a era Tite, uma diferença já se faz evidente: a redução das exigências defensivas para que possa ter ainda mais fôlego e liberdade no ataque.

– Recomeçar é sempre muito difícil, mas estando na seleção que ganhou tanto e quer voltar a ganhar em breve, estamos felizes e focados para colocar a Seleção em breve no patamar que merece.

Sem Neymar, Vinícius é o cara da Seleção, e o status tem tudo para ser ainda mais contundente. Carlo Ancelotti é o favorito para assumir o posto a partir da data Fifa de junho. Justamente o italiano responsável por seus melhores momentos com a camisa do Real Madrid.

g1

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